terça-feira, 11 de setembro de 2012

A Carta

Campinas, Sete de Setembro de 2012.

A noite propagou-se doce e serena...
A poesia que em mim jazia...
Despertou-se cálida a embalar-me em sonhos...

No perfume dos teus longos cabelos...
No encanto dos teus rúbidos lábios...
Na poesia dos teus verdes olhos...

Rubifiquei... teus olhos deram-se para os meus...
Tentei fugir... me traí... não resisti...
Olhei... busquei-me em ti... senti

O tremor da alma ao despertar,
Querendo abraçar... prestes a desejar...
Calei-me os lábios postos a falar;

Meus olhos se riram...
Teus lábios se abriram
Num gesto afável...

Meu coração... ah esse grande palhaço...
Pulou e arguto arrebentou o mármore pálido
Denunciando o meu crime bárbaro... o de desejá-lo...

Teus braços ao encontro dos meus...
Revirou-me a vida...
E assim, de repente...
Sorrio sozinha a sonhar-te em minha poesia... e vida!