Campinas, Sete de Setembro de 2012.
A noite propagou-se doce e serena...
A poesia que em mim jazia...
Despertou-se cálida a embalar-me em sonhos...
No perfume dos teus longos cabelos...
No encanto dos teus rúbidos lábios...
Na poesia dos teus verdes olhos...
Rubifiquei... teus olhos deram-se para os meus...
Tentei fugir... me traí... não resisti...
Olhei... busquei-me em ti... senti
O tremor da alma ao despertar,
Querendo abraçar... prestes a desejar...
Calei-me os lábios postos a falar;
Meus olhos se riram...
Teus lábios se abriram
Num gesto afável...
Meu coração... ah esse grande palhaço...
Pulou e arguto arrebentou o mármore pálido
Denunciando o meu crime bárbaro... o de desejá-lo...
Teus braços ao encontro dos meus...
Revirou-me a vida...
E assim, de repente...
Sorrio sozinha a sonhar-te em minha poesia... e vida!
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