Há uma dor insana que insiste em me assombrar...
Às vezes me banho com ela...
Noutras finjo esquecê-la em meu peito...
Mas existem dias em que ela vem à tona
E persiste em martelar em meu peito vão...
Como se quisesse se materializar...
Fico quieta... sentada sentindo...
Tento ouví-la, mas nada me faz sentido...
Não sei compreender de onde ela vem...
É como uma saudade de algo que nunca vi...
É como uma dor sem ferida...
É como a perda de algo que nunca existiu...
É uma ausência que fere e sangra...
Uma doce lembrança...
Uma memória vaga do que eu nem sei o quê...
Se ao menos pudesse saber o que é isso...
Entenderia metade de mim...
Porque a outra metade eu sei que é ausência de mim...
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