sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Desejos Frêmitos

Olhando o céu passar do azul-anil
Para o rosado
Deixei o tempo surgir infantil,
E quase calado

Pensei nos dias passados
E nos que nem virão
Pensei de olhos cerrados
E peito amodorrado

Mas havia algo no coração...
Era o batimento alarido...
E na mente... a vã lembrança
Dum amor coagido...

Meu poema complexo e tremido
Sofre quando é lido
Por um coração que jamais fora partido
Por um amor fingido

Quem jamais teve o coração vencido
Pelos encantos sombrios da dor
De pleno sábado ser esquecido
Jogado ao sabor das lágrimas e do pavor?

Quem já não sentiu vontade de fugir
E da vida se rir
Querendo explodir
Por, amor, sentir?

Quem nunca amou
Chorou
Se calou
Ou por amor, clamou?

Versos confusos
Sentimento excluso
Confusão
Gritos amarrados

Venha me amar
Me desejar
Me beijar
Me calar

Dê vida
Implore pra eu ficar
Deite-se ao meu lado...
Dê-me carinho!

Peça atenção
Exija emoção
Retribua minha paixão
Arrume a minha mente confusão

Mas não diga: Agora não!
Diga tudo... olhando nos olhos
Por telefone não, amor...
Assim... sussurrando...

Viva minha vida
Proteja-me de meus medos
Me faça tua
E com a verdade nua...
Diga agora que também me adora!

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