Teu rosto no retrato,
Fora apagado...
Durante a madrugada fria e outonal...
O vento hostil e dolorido me entristeceu...
Teu rosto,
Eu jamais verei novamente...
Teus beijos...
Jamais provarei novamente...
Teu cheiro...
Teu corpo...
Tua voz...
Foram, de mim, arrancados!
Perdoe-me se errei...
Perdoe-me se te sufoquei...
Perdoe-me se te amei...
Perdoe-me?
As lágrimas caem sincronizadas...
Como uma sinfonia clássica...
O peito bate lento...
Descompassado... quase parado...
No quarto... uma vela...
Que negra me vela...
Que me ilumina...
Que me apraz...
A saudade me fulmina...
Mais uma ferida viva...
Sem palavras...
Nem Adeus...
Tu partiras...
Levando contigo
Uma parte minha...
Minha vida...
Talvez agora...
Não há nada reservado para mim...
Nem amor...
Nem fadiga...
Somente as mágoas e o desgosto...
Talvez o gosto amargo
Da saudade...
Ou do nosso encanto...
Deixando para mim...
O pranto...
A dor...
E o desencanto...
O que será que haverá de mim
Quando a sombra, sobre mim, cair?
Haverá um cadáver roto...
E uma alma funesta!
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